domingo, 2 de fevereiro de 2020

FOI NO MÊS QUE VEM

VIM AQUI PRA DIZER QUE TÔ ACORDADA.

Vou te vi
Ali deserta de qualquer alguém
Penso, logo irei
Que seja antes minha que de outrem
Quando o vento fez do teu vestido
Um dom que Deus te deu
Claro que eu rirei
Ao vendo o que outro alguém não viu
Vou andei
E me chegando assim te cercarei
Digo, aqui tô eu
Que te amo e às tuas pernas quero bem
Já que estamos nós
Te sugeri-me então o que fazer
Claro que eu beijei
Ao vendo o que outro alguém não viu
E tudo isso
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Foi na hora em que eu te vi
E mais que tudo
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Na hora em que eu te quis
Vou fiquei
No teu chegado e tu chegada ao meu
Penso, grande é Deus
Um paraíso prum sujeito ateu
E pensando assim
Farei aquilo que o teu gosto quis
Claro, eu já ganhei de volta
Tudo o que eu quiser
E tudo isso
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Foi na hora em que eu te vi
E mais que tudo
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Na hora em que eu te quis.

VITOR RAMIL - UM DOS ARTISTAS MAIS INJUSTIÇADOS ARTISTAS NESSE PAÍS SEM INTERESSE NO QUE É REALMENTE MÚSICA.


terça-feira, 3 de setembro de 2019

ATROCIDADES



Aqueles que não me amam são capazes de tudo. Toda e qualquer atrocidade para me derrubar. Eles não me amam. Dessa forma praticam calúnias, invejas, mentiras e outras iniquidades que um lobo faminto faria. Eles não me amam e por isso me tiram frente, me diminuem, desmoralizam e me chutam via palavras, feitos gloriosos e menções inglórias.

Aqueles que me amam também fariam tudo antes citado. Apenas por me amar e saber que nunca me terão. Existe uma igualdade entre amar e não amar. Existe o ódio que esparrama vivas células do cansaço e da inferioridade. Os que amam matam por amar demais e os outros matam por quer extinguir a memória. Este desamor eu ainda não conheci. Nem tenho desejo algum de compreendê-lo. É não amor. E só de ser assim, negativo, já não me atrai. Sou capaz de desmamar-me do amor do que não amar. Tudo é ira, tudo é cólica, tudo e finito.

Prefiro o infinito e surreal amor. Aquele que entende e glorifica. Aquele que faz mandingas e ateia fogo em incensos. O amor que acredita na simplicidade. O amor do homem com seu cheiro e sexo viril de ser humano. Na falta dele, prefiro então o eu mesquinho pela rua, vadio, sem pele e confuso de andar. Como se fosse um bloco de carnaval e eu nele, sozinho. Não cometo besteiras, não ajeito armadilhas. Sou eu apenas. Grosso ou delicado, gentil ou rude. Sem nada. Um retrato simbólico, uma angústia infundada. Uma cratera podre sem corpo nem ar. Eu apenas. E o gosto do vinho disso. E só.


SORTEIO: REGRAS

Faça um interpretação do texto acima e nos comentários. Identifique-se com nome e turma.
Depois siga a Judite. Em breve o resultado será postado aqui junto da justificativa.
IMPORTANTE:
O sorteio será realizado apenas entre os atores e alunos do NEAC - Escola de Teatro e queridos.

PRÊMIO

Caixa com os 06 livros do seriado AFINAL O QUE QUEREM AS MULHERES de Luiz Fernando Carvalho.



Boa sorte fofos.

Beijos enlouquecidos, porque se não tiver loucura, não é beijo.
....e um vídeo para não perder o costume.


👀

Judite

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

PÉROLA


TRAGO COMIGO A DOR DO AMOR TRANSFORMADA EM BELEZA.
COMO A PÉROLA É, NA FORMA E NA COR: O SOFRIMENTO DA OSTRA.
QUE AGARRADA AO ROCHEDO, NÃO INVEJA AS ESTRELAS DO MAR E ELABORA EM SEGREDO SUA PADRA DE BRILO LUNAR.
é BEM ASSIM A NATUREZA DE MINHA ALMA, FERIDA POR DENTRO, POR FORA CALMA. ATÉ QUE POSSA ABRIR O PEITO E TIRAR DO CORAÇÃO, A JÓIA DE UMA NOVA EMOÇÃO.

E ASSIM JUDITE ACORDA PARA:

  • INCOMODAR OS SOSSEGADOS
  • CUTUCAR OS MIMADOS
  • ALEGRAS SELETOS
  • LEVANTAR INSULTOS
  • MASTIGAR CONCRETOS
  • E POR FIM
  • CUIDAR DO NEAC - O ÚNICO FILHO QUE TEM.
BEM-VINDOS A TEMPERATURA MÁXIMA. ESTAMOS EM TEMPO DE CRIAÇÃO.

CHEIROSOS DA VEZ: BRYAN E RAFAEL
A PAZ: CLEUSA DE 4ª FEIRA
PÉ MAIS BONITO DO NEAC- LEANDRO DO INFANTO
FOFURA: EMANUEL 'PINOCCHIO"

AGORA VAI SER ASSIM: SE TEM COMENTÁRIOS, POSTAREI TODOS OS DIAS.
BJOS...INSONE COMO SEMPRE.
EM BREVE UM SORTEIO.



sábado, 3 de novembro de 2018

Rebento

Demorou vidas pra eu me entregar a você.
Flertamos por séculos.
Os arrepios que sentia eram o anúncio da bagunça que você faria.
Eu fugi, por controle e por saber que nada de raso sobraria depois de nós.
Eu fugi, até a vida me engolir e não ter como eu digerir o dia.
Eu fugi, até o suor da confusão interna me deixar sem rumo.
E o único rumo restante ser você.
Não espero de você salvação.
Não sustento em você ilusão.
Te encontro no vazio.
Te abraço na liberdade.
Te respiro na lucidez.
Te gozo sem pressa.
A entrega é lenta, macia, e cheira a alecrim e cedro.
O imprevisível me abraça.
Nos beijamos no escuro.

❤️

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

SOTEIO FESTIVAL NEAC 2018 - 25 ANOS


VAMOS PESQUISAR E PERGUNTAR GENTE.....

BOA SORTE!

domingo, 16 de setembro de 2018

RELATO

Relato

A noite então, soltou-se e deixou vir a tona a pessoa que era. Mulher romântica que destrói agendas, bota fogo em cartas e acende velas. Naquela noite estava mesmo se despedindo da incoerência com a qual viveu. Tentou vencer a vida, mas foi inútil sua força contra algo tão forte: a vida. Não tinha flores, flertes e nem era mais “a dona da noite”. Estava mais para uma balada assim meio” acende o último cigarro”, do que a velha e doida menina do rock and rool, Ramones e os super outros e os muito mais e tal. Era apenas ela e uma música qualquer que o surfle do velho aparelho escolheu. Tinha umas pontas pelo chão no passado. Hoje apenas as baganinhas do cigarro barato e uma água ardendo de tão só. Então, estava montado o cenário de sua inconformada e arriscada paixão por nada. Qualquer fajuto, cafuçu ou malandro era agora um rei. Quando uma pessoa morre não sobra nada, afirmava ela insatisfeita com o corpo já flácido e os seios tombados sobre o peito. Quando a pessoa morre não tem anjo, nem nada. É só um breu e uma ausência total de realidade. A fumaça do incenso expira assim como a vida, dizia ela na janela esperando que o felino preto, velho, sujo e miserável viesse dormir em sua varanda. Estava já, morta e não sabia. Esperava apenas a ruptura final do vínculo. Uma veia que explodiria ou um engasgo com a própria língua. Traçou um testamento. Deixou o Pearl da Janis para vizinha do lado e os Buarques para a amiga da enfermaria. Num súbito caiu para trás com um engasgo tenebroso e fatal despedindo-se da vida.  Estava tão saturada, esfomeada de fim e doida pra cessar que nem se quer forçou a barra do resistir. E no seu coração uma única de devota esperança: Que depois da vida não exista nada mesmo. Nada. Nem um mínimo ponto discreto de lembrança do que havia passado aqui. 

(Markus Marques)


terça-feira, 28 de agosto de 2018

ESTADO DE POESIA

Para viver em estado de poesia
Me entranharia nestes sertões de você
Para deixar a vida que eu vivia
De cigania antes de te conhecer
De enganos livres que eu tinha porque queria
Por não saber que mais dia menos dia
Eu todo me encantaria pelo todo do teu serPra misturar meia noite meio dia
E enfim saber que cantaria a cantoria
Que há tanto tempo queria
A canção do bem querer
É belo vês o amor sem anestesia
Dói de bom, arde de doce
Queima, acalma
Mata, cria
Chega tem vez que a pessoa que enamora
Se pega e chora do que ontem mesmo ria
Chega tem hora que ri de dentro pra fora
Não fica nem vai embora
É o estado de poesia.
(Chico César)

As vezes a gente se identifica com algo e pronto, ta instalado do estado de calamidade poética.